Financiamento de imóveis: Quais são as opções disponíveis para quem deseja comprar uma casa em 2024?
- Art Life Imóveis

- 20 de fev. de 2024
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Após um período de dois anos em declínio, as projeções indicam que os empréstimos destinados à compra e produção de imóveis residenciais, utilizando recursos da caderneta de poupança, devem se estabilizar este ano. Essa é a expectativa da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que representa os bancos que oferecem financiamento habitacional utilizando fundos provenientes da poupança, a modalidade de investimento preferida dos brasileiros.
Em 2023, pela terceira vez consecutiva, os saques da poupança superaram os depósitos no país. A captação líquida negativa atingiu R$ 87,8 bilhões, conforme dados do Banco Central (BC).
A retirada de recursos da poupança refletiu tanto a necessidade de parte da população em utilizar suas reservas para cobrir despesas, em um contexto de endividamento elevado, quanto a transferência de dinheiro para investimentos mais rentáveis em renda fixa por parte daqueles que buscam uma melhor remuneração de suas economias.
No ano passado, houve uma queda significativa de 14,6% no crédito habitacional originado da principal fonte de financiamento imobiliário do país, totalizando R$ 153 bilhões. Os recursos provenientes da poupança financiam principalmente habitações destinadas à classe média, incluindo também imóveis de alto padrão. Para a baixa renda, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é a fonte prioritária de recursos.
Os bancos que utilizam recursos da poupança são obrigados a destinar 65% dos depósitos para o crédito imobiliário. É justamente dessa fonte de recursos que provêm os financiamentos mais acessíveis para moradias das classes média e alta. Se a poupança se torna menos atraente para os depósitos, isso também significa uma contribuição menor para o financiamento habitacional total.
Em dezembro de 2021, o saldo total de recursos destinados ao financiamento habitacional, incluindo o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), FGTS, fundos de investimento imobiliário (FII), Letras Imobiliárias Garantidas (LIG), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI), atingiu a marca de R$ 1,71 trilhão, com a participação da poupança correspondendo a 46%.
Já no final de 2022, a poupança representava 40% do montante total de R$ 1,92 trilhão. E em dezembro do ano passado, essa modalidade de investimento, tão popular entre os brasileiros, respondia por 34% do saldo de R$ 2,17 trilhões.
A mudança na composição desses recursos pode ser interpretada de duas formas. Por um lado, o financiamento habitacional está se beneficiando de uma variedade maior de instrumentos de captação, o que reduz a dependência da poupança. Por outro lado, isso significa que os bancos estão recorrendo a fontes de recursos que têm um custo mais elevado, resultando em maiores despesas para os mutuários que buscam financiamento para adquirir a casa própria.
Financiamento Imobiliário: Perspectiva de Redução de até 1,5 Ponto Percentual no Custo do Crédito
Há expectativas positivas no horizonte do mercado imobiliário. O cenário aponta para uma possível queda de até 1,5 ponto percentual no custo do crédito para financiamento de imóveis.
Essa redução pode representar uma significativa economia para os mutuários interessados em adquirir uma propriedade. Com taxas de juros mais atrativas, o acesso à casa própria se torna mais viável para um número maior de pessoas, impulsionando o setor e promovendo o crescimento do mercado imobiliário.
Essa possível diminuição no custo do crédito reflete uma série de fatores, incluindo políticas econômicas, mudanças nas taxas de juros e condições favoráveis do mercado financeiro. Os consumidores devem ficar atentos a essas oportunidades e buscar informações atualizadas junto aos bancos e instituições financeiras para aproveitar as melhores condições de financiamento disponíveis.



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